Barreira de 9 km não impede chegada de lama ao mar no ES
Segundo Comitê da Bacia do Rio Doce, resultado já
era esperado.
Já Samarco disse que eficiência das barreiras chegou a ser de até 80%.
Já Samarco disse que eficiência das barreiras chegou a ser de até 80%.
A barreira
de 9 km montada na Foz do Rio Doce, em Regência, Linhares, Norte do Espírito Santo, não foi suficiente para impedir a lama de se espalhar pelo
mar na região. Segundo o vice-presidente do Comitê da Bacia do Rio Doce, Carlos Sangalia, o resultado já era esperado, já que
o material não é apropriado para segurar água.
Já a Samarco informou que a eficiência das barreiras instaladas nas áreas
protegidas chegou a ser de até 80% se comparada a cor da água no estuário, que
é o local de encontro do rio com o mar, com o canal principal do rio.
A lama de rejeitos de minério que vazou da barragem
da Samarco - cujos donos são a Vale a anglo-australiana BHP Billiton - em Mariana(MG) chegou ao mar neste domingo (22), após passar pelo trecho do Rio
Doce no distrito de Regência, em Linhares, no Norte do Espírito Santo, segundo o Serviço Geológico do Brasil.
De acordo com Carlos Sangalia, o material de que
são feitas as boias não é apropriado para conter água ou barro. “Tentou-se
adequar, mas esse material não segura a água, não tem como. É mais para impedir
algum material suspenso, que vem por cima da água, algo mais grosso, para que
seja direcionado para a foz do rio”, destacou.
Apesar disso, para a Samarco, mesmo deixando água
suja passar, as boias tiveram a eficiência esperada. “Existe um parâmetro que a
gente está medindo chamado turbidez, que avalia o quanto a água está turva ou
não. Lá no canal principal, as medidas foram de 2,5 mil. Aqui na região (foz em
Regência), tivemos resultados de até 500. Então, é 20% do material que está lá
no canal principal”, afirmou o representante da mineradora Alexandre Souto.
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