Acasalamento
dos Canários
Em nosso país o período mais apropriado para a criação se
estende de JULHO a DEZEMBRO. Começar um pouco antes ou terminar um pouco depois
não traz modificações importantes.
Os casais devem ser formados obedecendo a critérios de
acasalamento e aqui a genética traz importante contribuição, podendo afirmar-se
que é fundamental, no desenvolvimento de um plantel.
Não cabe aqui descrever os acasalamentos corretos, pois as
variedades de cores, mutações combinadas, passam de 400. Sugiro que leia
artigos sobre acasalamentos.
Aconselhamos a leitura do Manual Técnico da OBJO que pode ser
obtido na Ordem Brasileira de Juizes de Ornitologia (OBJO).
Recomenda-se que
durante o período de cria as laterais das gaiolas sejam vedadas evitando que um
casal interfira com o outro.
Deixamos nossas fêmeas sozinhas, bem preparadas, em suas
criadeiras completas. Rapidamente a fêmea vai nos indicar que está pronta. Ela se torna febril, nervosa,
movimentando-se sem parar, bicando as patas ou o anel e transportando no bico
uma pena ou qualquer outra coisa que encontre. Visita cada vez mais o seu ninho
e se você a tomar nas mãos vera que ela apresenta o ventre bem desguarnecido,
normalmente apresentando uma camada de gordura que será a sua reserva. E
preciso então dar-Ihe materiais para confeccionar o seu ninho, como já vimos, é
indicado colocar pó contra os piolhos nos ninhos e mudá-lo quando estiver muito
sujo. etc.. Aconselhamos as fibras de sisal, que não contém ácaros, normalmente
abundantes. Essas fibras permitem ninhos bem brancos e também perfeitamente
redondos no fundo, o que facilita o trabalho da fêmea para virar seus ovos.
A fêmea estando “pronta”, começará a puxar os fios e a
movimentar- se intensamente, batendo as asas. Vão iniciar o clássico namoro.
Alguns beijos ou até mesmo alimentos são trocados pela grade. Após estes dias
de namoro, esperar dois ou três dias, aí sim, podemos juntar o casal, que
normalmente se aceitarão reciprocamente. Há o caso de recusa por parte do
pássaro ainda não convenientemente preparado para o acasalamento. As brigas não
são raras e se freqüentes é melhor separá-los colocando a divisória. Alguns
casais não se adaptam definitivamente, sendo necessário a troca de um dos dois.
Assim que a fêmea começa a tecer o seu ninho – geralmente na
borda do ninho, pois e por aí que começa – e hora de introduzir o macho
cuidadosamente escolhido.
Normalmente ele é colocado à noite,
pois pela manha são mais freqüentes as cópulas, ocorrendo mais freqüentemente à
fecundação. Atenção, algumas fêmeas se contentam em depositar apenas raminhos
no fundo do ninho.
Quando o primeiro ovo é posto, retire-o e troque-o por um
postiço (de plástico) até o 4º ovo. Após recoloca os 4 ovos e as eclosões se
farão 13 ou 14 dias após, a contar da manhã seguinte daquele dia. Este método
oferece a vantagem (todos os filhotes nascerão no mesmo dia). Esse ovo postiço
e muito útil nos primeiros dias, antes da colocação do anel, em uma ninhada de
4 ou 5 filhotes, servindo de apoio para a cabeça, evitando assim o esmagamento
no fundo do ninho.
Entre o 5º e o 7º dia de incubação será preciso verificar se
todos os ovos estão fecundados, para evitar que as fêmeas choquem inutilmente
ovos “brancos” ou “vazios”.
Sobre
o autor
Pablo
Henrique Gomes (Pablo Henrique)
Sou
Analista de Sistemas, nascido em Natal/RN residente em Brasília/DF, adoro
animais, e meu hobby são os Canários.
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