sábado, 18 de maio de 2013

PEITO-SECO - CAQUEXIA - FRAQUEZA GERAL PROGRESSIVA.



Este estado geral das aveS, principalmente as ornamentais, refere-se a um quadro de caquexia ou fraqueza geral progressiva. 

Este estado geral das aves, principalmente as ornamentais, refere-se a um quadro de caquexia ou fraqueza geral progressiva. A doença é mais freqüente em canários, bicudos, curiós, periquitos australianos e agapornis. Ao exame clínico podemos observar uma redução da musculatura peitoral, com proeminência do osso esterno ou quilha.
Entre os criadores existem controvérsias em relação a causa desta doença, mas na verdade, sabemos que trata-se de uma síndrome, ou seja, várias doenças podem determinar “peito seco” nas aves.

As causas são muitas, desde parasitismo até problemas de depressão por perda ou separação dos parceiros, troca de proprietários, dentre outras.
O mais importante é que geralmente trata-se de um quadro terminal, portanto, pouco se consegue fazer pela ave.

Pedimos sempre aos proprietários que estejam atentos, e que sejam bons observadores. No mercado existem vários medicamentos que são vendidos com a finalidade de combater o
 “peito seco”, porém, nem sempre funciona, pois inicialmente precisa-se descobrir a causa. Ao primeiro sinal de que algo não vá bem, deve-se procurar um médico veterinário especialista em aves e levá-la para ser examinada.

 

O respeito da síndrome do peito seco


É muito freqüente ouvir falar entre os criadores de canários, bicudos, curiós, periquitos australianos e agapornis do “Mal do Peito Seco” ou “Doença do Facão”. Os criadores observam que as aves apesar de se alimentarem bem, vão emagrecendo progressivamente. Ao pagar a ave observa-se um “peito seco”, com pouca musculatura e a quilha do esterno bem saliente. As fezes podem mudar de cor e de consistência. Dentro de pouco tempo o animal não fica mais no poleiro, se mantém “encorujado” no canto da gaiola e chega a morrer.
As causas do “peito seco” ainda estão sendo estudadas pois várias doenças apresentam uma sintomatologia semelhante, como por exemplo coccidiose, verminose, infecções ou megabactérias. O tratamento deverá ser específico e ser realizado somente após um diagnóstico correto.
Muitos criadores tem o hábito de usar vários medicamentos nacionais ou importados de forma indiscriminada sem conhecer a função do medicamento nem a doença existente no plantel. Este hábito além de mascarar a doença, pode induzir a resistência dos microorganismos a diversos medicamentos, que não serão mais eficientes, dificultando o trabalho do médico veterinário. Vários remédios são contra-indicados em algumas espécies de aves e devem sempre ser utilizados em dosagens adequadas. Uma dose superior poderá intoxicar o animal e até levar a morte. Por outro lado uma dose inferior a recomendada poderá não fazer efeito desejado, ou até piorar o quadro do animal.
No mercado atualmente existem alguns remédios que são vendidos com a finalidade de combater o “Mal do Peito Seco”, porém nem sempre funcionam, pois inicialmente precisa-se descobrir a etiologia que está afetando esta ave. Só deve utilizar medicamentos sob orientação de um médico veterinário especializado.
Há aproximadamente 12 anos a Profa Karin (docente do Departamento de Patologia Veterinária da UNESP) tem dedicado mais tempo ao estudo desta importante doença. Para poder realizar esta pesquisa tem contato com a indispensável ajuda e apoio de vários criadores de Jaboticabal e também da região, que gentilmente doaram e encaminharam aves doentes ou que vieram a óbito com os sintomas da “doença do peito seco”. Só com estas colaborações foi possível estudar as alterações que a doença causa no animal vivo, testar técnicas de diagnósticos e estudar remédios para tratar os animais. Já nos animais mortos, pode-se estudar as lesões e diagnosticar os agentes envolvidos e responsáveis pelas lesões.
Um total de 31 aves com sintomatologia de “peito seco” foram doadas para estudo. Nas necropsias verificou-se a causa da morte. Em alguns casos observou-se apenas uma doença, em outros casos diagnosticou-se duas ou mais doenças atuando concomitantemente.

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