PODENGO CRIOULO - Grupo 08 - Raças Brasileiras
ORIGEM: Brasil
Proveniente da fusão entre cães indígenas nativos e Podengos Portugueses
e Africanos, ocorre em todo o Brasil, sendo tradicionalmente usado para a caça,
pastoreio e guarda. Recebe outras denominações regionais tais como: Orelhudo,
Coelheiro, Pé Duro, Aracambé e Podengo Brasileiro. A variedade miniatura também
é chamada de Paqueiro ou Terrier de Minas.
VARIEDADE STANDARD:
ASPECTO GERAL E APTIDÕES
Cão de perfil quadrado, corpulência mediana e musculatura bem
desenvolvida, com ossatura forte sem ser pesada. Temperamento calmo e sério
porém dotado de grande energia e animação quando em atividade, sendo capaz de
desempenhar múltiplas funções com grande destreza e inteligência. Muito rústico
e resistente a doenças e parasitas.
CABEÇA:
Forte e descarnada, triangular quando vista de cima, com uma base mais
larga e focinho afilado.
REGIÃO FACIAL:
NARIZ – Trufa escura, preta ou fígado, de bom tamanho e com a ponta
proeminente. Narinas largas.
FOCINHO – Comprimento inferior ao crânio, mais estreito que o arco
zigomático e afilado em direção à ponta. Linha superior reta.
LÁBIOS – Firmes e aderidos, sem sobras, borda superior e inferior bem
ajustadas.
MAXILAS – Fortes, com musculatura maxilar pronunciada, porém não
excessivamente saliente. Mordedura em tesoura com dentes grandes e sólidos.
REGIÃO CRANIANA:
CHANFRADURA NASAL ( Stop ) – Suave, formado pela curvatura das arcadas
superciliares salientes.
CRÂNIO – De perfil reto, em forma de tronco de pirâmide quadrangular.
Arcadas superciliares salientes e sulco frontal visível. Espaço craniano
interauricular plano, com occipital ligeiramente protuberante.
OLHOS – Amendoados, de expressão vivaz e alerta, pouco salientes e com
pálpebras bem aderidas. Pupilas marrons, dando-se preferência aos tons mais
escuros. Pálpebras fortemente pigmentadas, sendo característica constantemente
observada a presença de um risco escuro partindo do canto dos olhos em
direção ao maxilar (olho de Hórus).
ORELHAS – Grandes e eretas, de inserção e porte oblíquo, dotadas de
grande mobilidade e direcionadas para a frente quando em atenção. Largas na
base e de comprimento maior que a largura, de formato ogival e pontas
ligeiramente arredondadas.
PESCOÇO – Seco, sem barbelas, comprido e bem musculoso, flexível e
proporcional, com curvatura harmoniosa do tronco à cabeça.
TRONCO:
Linha superior reta ou com ligeiro arqueamento formado pela musculatura
bem desenvolvida. Linha inferior suavemente ascendente.
ANTEPEITO – Pouco saliente, com musculatura sólida, porém pouco
aparente; não muito largo.
PEITO – Com boa profundidade, chegando próximo ou no nível dos
cotovelos, com largura mediana e de bom comprimento, com amplo espaço para os
pulmões.
COSTELAS – Compridas e pouco arqueadas, conferindo boa
profundidade ao peito.
DORSO – Reto ou levemente mergulhante, comprido e com omoplatas fortes.
LOMBO – curto e reto ou ligeiramente arqueado pela curva da
musculatura, sendo esta sempre bem desenvolvida, com conseqüente boa largura.
VENTRE E FLANCOS – mais estreitos que a região toráxica sem ser
esgalgado.
GARUPA – Angulação mediana, bem musculada e com bom comprimento e
largura.
CAUDA – Inserção mediana, alcançando os curvilhões quando em
repouso, mais grossa na base e terminando em ponta, portada mais alta que o
corpo quando em atividade, com curvatura mais ou menos acentuada, porém nunca
enroscada ou enrolada.
MEMBROS ANTERIORES:
Aprumos corretos e boa musculatura. Ossos fortes, porém não volumosos.
ESPÁDUA E OMBROS – De bom comprimento e inclinação, com angulação
mediana e musculatura forte e rija porém pouco saliente.
ANTEBRAÇO – Comprido, forte e reto.
CARPO – Descarnado porém sólido, sem ser volumoso.
METACARPO – curto e sólido, ligeiramente oblíquo.
PATA – Oval, com dedos bem unidos e arqueados, forte e sólida, com
almofadas plantares bem pigmentadas e de pele grossa e resistente, unhas fortes
e arqueadas, preferencialmente escuras.
MEMBROS POSTERIORES:
Paralelos e bem aprumados quando olhados por trás, dotados de
musculatura bem delineada, forte e seca.
COXA – Boa largura e comprimento, com
curvatura harmoniosa até os joelhos e musculatura fortemente desenvolvida sem
ser pesada ou excessivamente saliente.
PERNA – Angulação mediana e bom comprimento com musculatura seca e bem
desenvolvida. Tendões fortes e rijos.
CURVILHÕES – Bem descidos e bem angulados, secos e fortes com
articulações paralelas, sem desvios do jarrete para dentro ou para fora.
METATARSO – Curto e sólido, podendo haver presença de ergots, ou quinto
dedo, característicos de algumas linhagens.
PATA – Ovalada, com dedos bem arqueados e unidos, unhas fortes e
preferencialmente pigmentadas. Almofadas plantares escuras com pele grossa e
resistente.
PELAGEM:
PÊLO – Pode apresentar-se em três variedades :
Curto: não deve ser excessivamente curto (pelo de rato), devendo formar
franjados curtos porém definíveis na parte posterior das coxas e na
linha média do pescoço, com cauda em escova.
Duro: pelo de comprimento médio inclusive no focinho, reto e áspero ao
toque, com ausência de subpelo.
Longo: pelo de comprimento médio exceto no focinho, sedoso e ondulado,
com presença de subpelo.
Coloração: Fulvo, do claro ao escuro, tigrado, preto, preto-e-fogo, cinza,
branco, tricolor, malhado em todas as cores descritas.
PELE – Tensa, sem pregas ou barbelas. Mucosas preferencialmente bem
pigmentadas.
ALTURA (Cernelha):
De 40 a 57 cm.
PESO:
13 a 25 Kg.
MOVIMENTAÇÃO:
Movimentação desimpedida e vigorosa, de bom alcance, com as patas
tendendo ao centro de gravidade do deslocamento sem interferir com a
movimentação umas das outras.
VARIEDADE MINIATURA:
A variedade miniatura do Podengo Crioulo segue as mesmas características
do padrão descrito acima, exceto pelas seguintes especificações:
TEMPERAMENTO – Mais ativo e excitável que o Standard,
demonstrando, no entanto, a mesma característica de reserva para com estranhos,
além de grande adestrabilidade e capacidade de trabalho.
CABEÇA – Crânio um pouco mais abaulado que no Podengo Crioulo
Standard, com olhos mais arredondados e
arcadas superciliares mais salientes, porém não exageradas.
Devido a estas características, a chanfradura nasal (stop) é um pouco mais
pronunciada que nos Standard.
ALTURA (Cernelha):
De 25 a 37 cm
PESO:
De 4 a 8 Kg
PENALIZAÇÕES:
Leves: Tudo o que se afaste do padrão.
Graves:
PESCOÇO – excessivamente maciço ou troncudo.
TRONCO – Linha superior excessivamente arqueada ou lombo selado.
VENTRE – Excessivamente esgalgado ou mais baixo que o peito (barrigudo).
GARUPA – excessivamente inclinada, reta ou estreita.
CAUDA – enrolada ou enroscada
DESQUALIFICAÇÕES:
ASPECTO GERAL – Sinais claros de mestiçagem com outras raças
TRUFAS E/OU PALPEBRAS – Despigmentadas
MAXILAS – prognatismo ou enogmatismo. Falta de dentes ou má
implantação destes.
OLHOS – Azuis ou de cores diferentes um do outro.
ORELHAS – Não eretas.
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