sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Aprenda a escolher o melhor tipo de capim para o seu equino.

04/08/2015
Aprenda a escolher o melhor tipo de capim para o seu equino.
Aprenda a escolher o melhor tipo de capim para o seu equino.
É possível oferecer ao cavalo uma grande variedade de alimento volumoso que ele, se adaptado, irá aproveitar bem os nutrientes
Os equinos são pela sua natureza e evolução de animais herbívoros, isto é, têm como alimentação fundamental volumoso, que pode ser de origem de gramíneas ou leguminosas.
Esse volumoso deve ser fornecido relativamente à vontade, deve ser de boa qualidade e adequado às necessidades da categoria a que o animal pertença, quer seja manutenção, crescimento, reprodução ou trabalho.
Cavalos que evoluíram em regiões com pouca qualidade e variedade de volumosos podem se adaptar à ingestão de alimentos lenhosos, de baixa qualidade nutritiva. Da mesma forma, os cavalos pantaneiros se adaptaram à ingestão de ervas submersas, tendo a capacidade de capturar e aproveitar os alimentos que ficam boa parte do ano embaixo d’água, assim como os cavalos lavradeiro de Roraima, criados a campo em uma região com grandes alternâncias climáticas, que em determinadas épocas do ano têm sua alimentação rarefeita.
É possível oferecer ao cavalo uma grande variedade de alimento volumoso que ele, se adaptado, irá aproveitar bem os nutrientes. Essa adaptação dá-se através de gerações de animais vivendo na mesma região e que, para sobreviver, devem se alimentar do que está disponível.
Entretanto, essas formas de alimentação não são as mais comuns à grande maioria dos equinos do Brasil.
Além disso, as exigências das criações equinas nos dias de hoje, quando se valoriza animais de grande porte, onde se deseja um potro com crescimento diferenciado, grande massa muscular, com elevado potencial para salto, resistência, beleza, etc., obriga-nos a oferecer ao cavalo alimentos de qualidade superior, pois somente assim nossas exigências serão cumpridas.

Abaixo alguns exemplos de capins preferenciais para equinos, mas que devem ser avaliados conforme adaptabilidade regional descrito pelo veterinário Daniel Souza:
Coast-cross: de excelente palatabilidade, adaptabilidade em diversas condições, valores adequados de proteína e fibra. De fácil manejo tanto para pastejo, como para campo de corte. É de implantação mais complicada por ser o plantio apenas por mudas.
Tifton: Variação do Coast-cross, com excelente palatabilidade, adaptabilidade em diversas condições, valores adequados de proteína e fibra. O manejo deve ser mais atento, pois passa do ponto de corte com mais facilidade que o coast-cross. É de implantação mais complicada por ser o plantio apenas por mudas.
Jiggs: Variação dos anteriores, com excelente palatabilidade, adaptabilidade em diversas condições, valores adequados de proteína e fibra. De fácil manejo, pois possui menos talo, sendo mais difícil passar do ponto de corte. Produz menos massa por área. É de implantação mais complicada por ser o plantio apenas por mudas.
Rhodes: Possui ótima palatabilidade, adaptabilidade variável, bons valores de fibra e proteína. De fácil manejo e implantação, pois o plantio é por sementes.
Colonião: Variedade mais conhecida dos capins tipo Panicum, com boa aceitação pelos animais, com proteína mediana. De fácil manejo e implantação, sendo o plantio por sementes ou mudas.
Aruana: Variedade de menor porte dos capins tipo Panicum (como Colonião), com ótima aceitação pelos animais, bons valores nutritivos, com proteína mediana. De fácil manejo e implantação, sendo o plantio por sementes.
Tanzânia: Variedade de menor porte dos capins tipo Panicum (como Colonião), porém maior que o aruana, com ótima aceitação pelos animais, bons valores nutritivos, com proteína mediana. De fácil manejo e implantação, sendo o plantio por sementes.
Capim Elefante: Nome genérico dos capins de grande porte, tendo como variedades o napier e cameroum, entre outros. São ótimas opções como capineira, sendo restrito o uso como pastejo pelo seu porte elevado. Possuem bons níveis nutritivos, se cortados no ponto certo, entre 1,60 e 2,50 m de altura. Se a planta estiver com menos de 1,60m de altura, possui teores muito baixo de fibra, podendo causar diarréia. Se estiver com mais de 2,50m de altura, possui teores muito elevados de fibra insolúvel, com baixo aproveitamento dos nutrientes, podendo ainda causar cólicas.
Publicado por: Tiago Soares


VOCÊ DEIXA SEU CAVALO EM COCHEIRA?

VOCÊ DEIXA SEU CAVALO EM COCHEIRA? ENTÃO LEIA ISSO AGORA!
Se a resposta for sim, leia até o final desse artigo, tenho certeza que irá pensar duas vezes antes de submeter seu cavalo a esse sistema.
Nesse artigo falaremos:
1.       Por que a cocheira é um mal;
2.       Possíveis problemas de acordo com o tempo de confinamento;
3.       Quando ela é necessária;
4.       Como os malefícios podem ser minimizados;
5.       Por último, qual seria uma boa alternativa.
1. Malefícios 
·         O cavalo é um animal essencialmente de movimentos
A trabalho ou até mesmo apenas pastando em liberdade ele está quase todo tempo em movimento. Parado mesmo ele só fica umas quatro ou cinco horas por dia para descansar e dormir. Mesmo assim de forma não contínua, esta é uma das suas estratégias de sobrevivência, para não ser encontrado facilmente pelos predadores.
·         Comportamento natural
Quando um equino está contente ele gosta de dar umas arrancadas, pulos, corridas e até esbarradas. Ele precisa se exercitar para estar condicionado fisicamente. Dentro da cocheira fechada esse instinto de sobrevivência fica bloqueado e o equino frustrado.
·         A privação de contato com seus amigos ou semelhantes.
O equino é um animal de grupo, estar sozinho significa uma privação social terrível. Imaginem nós humanos sermos obrigados a ficar trancados num quarto por doze ou mais horas todos os dias, sem televisão, sem alguém para conversar, sem celular, enfim sem nada para nos entretermos ou nos ocuparmos.
Tédio, ansiedade, tristeza, depressão, mau humor são algumas das consequências da tripla conjugação de solidão com ociosidade e falta de espaço.
·         Cocheira individual está longe de ser o ideal
Como animal de grupo, sempre que os equinos vão dormir um deles, em revezamento, permanece acordado com a função de dar sinais de alerta se alguma ameaça aparecer.
Mas numa cocheira individual o equino não pode contar com o companheiro, fazendo com que se sinta vulnerável quando está dormindo sozinho e assim não descansa como deveria.
·         Não é da natureza do cavalo se alimentar e nem deitar perto das suas próprias fezes e urinas.
Para que isso não aconteça precisaríamos limpá-la várias vezes por dia, o que normalmente não ocorre. Além disso, cama suja é ruim para saúde do casco, da pele e do sistema respiratório.
2. Possíveis problemas de acordo com o tempo de confinamento:
1.       A curto prazo:
O confinamento na cocheira pode ser a causa de excessivas excitações e de nervosismo. 
2.       A médio prazo:
A ociosidade e o tédio do encocheiramento por muitas horas seguidas geralmente são a causa de mau humor e de vícios de comportamento como engolir ar (aerofagia), tique de urso, etc.
3.       A longo prazo:
Um sedentarismo obrigatório, decorrente da imposição de ficar trancafiado várias horas por dia numa concheira, representa para o equino quase uma sentença de morte anunciada.
3. QUANDO A COCHEIRA É UM MAL MENOR OU NECESSÁRIO? 
Em várias situações como:
·         Animal com algum problema de saúde precisa, por tratamento, de privação de movimentos e de abrigo;
·         Quando não dispõe de campos ou piquetes para deixá-lo solto. Nesse caso a cocheira passa a ser um mal menor do que soltar o cavalo nas ruas;
·         Quando só possuímos pastos ou piquetes que ficam na beira de ruas ou estradas. À noite “todo gato é pardo”;
·         Quando em áreas urbanas de metrópoles é preciso manter grande número de cavalos para policiamento, hipismo e exposições.
·         Quando fora da cocheira a temperatura estiver abaixo de zero graus célsius e junto correr chuva prolongada.
4. COMO MINIMIZAR OS MALEFÍCIOS DO ENCOCHEIRAMENTO?
·         Retirando o cavalo da cocheira várias horas, todos os dias;
·         Equipando a cocheira com entretenimentos como bolas penduradas e espelhos altos;
·         Cocheiras devem ter as divisórias internas com paredes só até a altura do peito ou da cernelha. Daí para cima a divisão fica livre;
·         A cocheira deve ser ampla, de forma que não fique, por falta de suficiente espaço, a pisotear sobre a sua própria sujeira;
·         O cocho deve ter altura baixa, de forma a permitir que o animal possa se alimentar com o pescoço para baixo;
·         A cocheira, deve ser bem arejada e recebe sol algumas horas por dia.
·         A cocheira deve ser limpa sempre que estiver suja e não só uma única vez por dia.
5. ALTERNATIVA – QUAL SERIA UMA BOA ALTERNATIVA PARA A COCHEIRA?
Modernamente nos países de clima frio, mesmo onde constroem muitas cocheiras lado a lado, hoje há uma tendência de construírem  cada uma com uma pequena área anexa individual, de livre acesso, que funciona como solário e local para o animal relaxar um pouco do confinamento maior.
Mas o ideal mesmo seria não precisarmos das cocheiras. Caso sejam necessárias então uma boa alternativa seria substituí-las por abrigos, de livre acesso nos pastos e piquetes, onde os cochos, com divisórias de individualização, e os animais estivessem protegidos das intempéries mais drásticas como vento excessivamente frio, prolongada chuva intensa e sol muito forte.
 CONCLUSÃO
Na Suíça, um dos países onde os princípios do Bem-Estar Animal são levados a sério, a ninguém é permitido ter cavalo sem que ele disponha de companheiro da mesma espécie, e o encocheiramento por 24 horas seguidas é rigorosamente proibido.
A cocheira pode e deve ser entendida como a ferradura, um mal às vezes necessário. Mas devemos evitá-las sempre que possível.


Técnicas de manejo reprodutivo em haras.

Técnicas de manejo reprodutivo em haras
A equideocultura brasileira é, sem dúvida, um dos negócios mais expressivos do país. O setor cresceu mais de 12% nos últimos anos e nosso rebanho é composto por mais de 8 milhões de animais, de acordo com dados da Confederação Nacional de Agricultura (CNA).
O sucesso deste segmento e suas diversas modalidades se devem, em grande parte, aos avanços e descobertas tecnológicas relacionadas à reprodução assistida. Ela garantiu uma melhora do rebanho em termos genéticos bem como outras dezenas de benefícios.
O conhecimento em manejo e biotécnicas reprodutivas, portanto, tornou-se algo imprescindível nos últimos anos.
A escolha da melhor técnica pelo produtor vai depender dos objetivos e condições oferecidas. Por exemplo, se a meta for utilização do sêmen de um garanhão de alto valor, é importante que se faça metodicamente a coleta para a inseminação artificial.
Se for o caso da utilização de éguas diferenciadas, será preciso investir em transferência de embriões, bem como toda a sua tecnologia envolvida.
Há, obviamente, outras biotécnicas. Por isso é de grande importância que o produtor ou profissional da área de criação de equinos conheça cada uma delas, bem como suas vantagens e desvantagens, sendo que o conhecimento facilitará consideravelmente a escolha da melhor opção.


quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Processo de doma

Processo de doma determina características comportamentais do cavalo
Doma é o processo pelo qual o cavalo passa antes de aceitar ser montado pelo cavaleiro. Existe a doma de baixo, que consiste em aceitar a colocação do cabresto e respeitá-lo, permitir que se ergam os membros e que se faça a higiene normal como rasquear e escovar o pelo. Alguns englobam também nessa fase o período em que se ensinam os comandos de rédeas sem montar no animal, com a técnica do charreteamento. A doma de cima é aquela que consiste em encilhar o animal e montá-lo, ensinando os comandos para direcionar o animal, realizar transições e controle da velocidade. Após a doma, o animal receberá treinamento específico para a modalidade em que for competir se for um animal de esporte.
Existem muitas técnicas diferentes para se domar os cavalos, algumas bem recentes e outras que fazem parte da cultura local, passadas de pai para filho, como a doma gaúcha, também chamada de tradicional.
Doma Tradicional
Na doma gaúcha, o cavalo é encilhado sem nunca antes ter tido contato com o material de montaria e normalmente muito pouco contato com pessoas. O ginete monta o animal, que corcoveia e tenta derrubar o cavaleiro. É comum usar esporas e chicotes para instigar o animal e assim cansá-lo mais rápido. Quando o animal fica exausto e para de pular, se ensina os comandos de direção e de velocidade.
Outros tipos de doma tradicional englobam atividades como laçar o cavalo, derrubá-lo, uso de peia por uso prolongado e uso de punição ao invés de recompensa. Normalmente ainda se utilizam muitos elementos da doma tradicional ao se domarem cavalos no Brasil, mesmo quando se usa a chamada de "racional".
Doma racional
A doma racional é um processo por meio do qual a confiança do seu cavalo ou potro é conquistada. Os primeiros contatos com o potro, ao nascimento, essa conquista começa a ser estabelecida, continuando a cada contato ou manejo do animal nos dias, meses e anos seguintes. Para o veterinário Rivaldo Nunes “a confiança do animal é fundamental. Para essa aproximação é necessária disciplina e paciência”.
Manejando seu cavalo corretamente ele será mais obediente, vai executar os exercícios de forma mais fácil e com menos resistência, ao cabresteá-lo, escová-lo, passar com ele pelas porteiras, apresentá-lo de forma correta. Ao trabalhar o potro ou cavalo em guia, esta deve ser longa ou o cavalo ter liberdade e não ficar sob tensão da corda.


Biotecnologias de reprodução utilizadas em equinos

Biotecnologias de reprodução utilizadas em equinos
A indústria equina é geradora de grande renda e empregos. No Brasil a atividade é responsável pela geração de 600 mil empregos diretos e 3,2 milhões de empregos indiretos. Quando comparamos a espécie equina com outras, é possível observar algumas peculiaridades, como o baixo nível de fertilidade.
Como motivos para o nível baixo de fertilidade da espécie podemos citar a reprodução que só ocorre por volta dos 3 anos de idade; gestação de 11 meses, com apenas um potro por gestação; ocorrência de reabsorção e abortos. 
Para tentar solucionar estes problemas o setor utiliza-se de diversas biotecnologias, como a inseminação artificial (IA); transferência de embrião (TE); fertilização in vitro (FIV); e transferência de oócito (TO).
Na IA é feita a colheita do sêmen do macho por meio da vagina artificial, posteriormente é feita a análise quanto à quantidade e qualidade, processando, fracionando e depositando o sêmen no trato reprodutor da égua. Dentre as vantagens observadas com o uso da IA temos: maior número de produtos com menor risco de transmissão de doenças; uso de animais incapazes de realizar a cobertura; não há necessidade de transporte dos animais; menor risco de acidentes; obtenção de descendentes mesmo depois da morte do garanhão.
Quando a inseminação é feita com sêmen fresco há maior índice de prenhez, já o sêmen resfriado apresenta um número menor de prenhez. Para o sêmen congelado o índice de prenhez é de 20 a 60%, mesmo quando as fêmeas são inseminadas no máximo 6 horas após a ovulação.
Na transferência de embriões os óvulos são fecundados dentro do trato genital da égua selecionada como doadora. Após 7 ou 8 dias pós-ovulação, os embriões são transferidos para o útero da égua pré-selecionada como receptora, que precisa estar com ciclo sincronizado, ou seja, ovulando dois dias depois da doadora. As vantagens descritas são: maior número de produtos;reprodução de éguas incapazes de manterem a gestação; possibilidade de reprodução de éguas com baixa habilidade materna; não há desgaste de doadoras ou afastamento prolongado do esporte para reprodução.
Na FIV o óvulo e espermatozoide são maturados e a fecundação é feita em laboratório. O método é ainda pouco utilizado na reprodução equina por apresentar alto custo e resultados ruins na reprodução.
A TO é utilizada em casos em que a égua não possui condições de fecundação do oócito no próprio trato reprodutivo. A TO não apresenta bons resultados, principalmente para éguas mais velhas, com índice de sucesso menor que 20%.

Fonte: http://www.gege.agrarias.ufpr.br/

Como acontece a reprodução equina.

Como acontece a reprodução equina
O instinto de reprodução dos equinos surge aproximadamente por volta dos 18 meses de vida. É preciso destacar que a reprodução deanimais jovens não é recomendada, pois a égua fecunda na fase de crescimento até os 30 meses, retira o alimento que auxilia na formação do feto do próprio organismo, assim quando a gestação ocorrer muito cedo pode atrapalhar o seu desenvolvimento. Nos machos a idade recomendada é a partir do 3 anos e nas fêmeas varia de 3 a 5 anos, para reprodução.
Quando a égua entra em cio ocorrem modificações nos órgãos genitais é notado à congestão e o edema do ovário e das mucosas do oviduto, do útero, da vagina e da vulva. Também o colo do útero relaxa e libera um muco, que pode ser estriado, de sangue, escorre pela vagina e pela vulva, e pelo odor característico o macho é atraído.
A fêmea fica inquieta, nervosa, intratável, com os olhos brilhantes, cauda levantada, perde o apetite, urina com mais frequência, emite pequenos jatos de urina e movimenta o clítoris. Os lábios da vulva ficam mais inchados do que o normal.
O cio tem duração média de 10 a 12 dias. Quando a cobertura é feita no início é negativa, assim é bom esperar que o cio fique mais acentuado, podendo ocorrer novas coberturas a cada 2 dias, até o final do período.
A ovulação acontece de 24 a 48 horas antes do término do cio e, o óvulo é fecundado de 6 a 8 horas após ter sido liberado. A vitalidade do espermatozoide é de aproximadamente de 48 horas no trato genital da fêmea. Se a égua não apresentar cio depois de 16 dias provavelmente foi fecundada. O intervalo entre 2 cios consecutivos é de 21 dias.


Fonte: http://www.saudeanimal.com.br/cavalo5.html