quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Conheça os principais riscos da gestação equina.

Conheça os principais riscos da gestação equina e saiba quais cuidados tomar
A gestação em equinos pode ter inúmeros riscos, mas os principais são as perdas gestacionais, que podem ocorrer em qualquer fase da gestação, sendo mais comuns entre o momento da fecundação até 45 dias de idade do concepto (conhecido como período embrionário) e são denominadas de perdas embrionárias.
Contudo após este um mês e meio de idade, o concepto já é considerado feto (período fetal) e as perdas ocorridas após os 45 dias até o parto são denominadas aborto.
O médico veterinário especialista em equinos, Gabriel de Oliveira Santos, ajudou o Meio Rural a explicar os riscos durante os principais períodos de gestação equina. Confira:
Período Embrionário
Representa um período de grande perda econômica para a indústria equina, portanto o criador deve estar atento para identificar e minimizar tais perdas em sua atividade.
Neste momento os principais cuidados que o criador deve estar atento, estão relacionados ao bem-estar da égua gestante, por exemplo: água e alimentação de qualidade; espaço, ambiente adequado e taxa de lotação, respeito à organização social hierárquica; ausência de ectoparasitas; execução de tarefas por colaboradores, etc. Estes fatores podem ser tornar estressantes se mal executados e por consequência podem elevar a concentração de cortisol, glicocorticoides e corticosterona (hormônios do estresse) na égua. Este aumento aparentemente é responsável por diminuição da progesterona circulante (hormônio responsável pela manutenção da gestação). Em relação a estes aspectos, a aplicação de boas práticas de criação é suficiente para minimizar as perdas.
Outros fatores que resultam em mortes no período embrionário são: defeitos do próprio embrião, ambiente do oviduto e úteros inadequados, geralmente relacionados a éguas de idades avançadas. Estes problemas são mais graves e ocasionam maiores prejuízos econômicos devido às perdas sucessivas até que o funcionário ou criador perceba. O retorno ao cio frequente ou número alto de inseminações para se conseguir uma gestação são aspectos que oneram a criação e precisam ser levados em consideração pelo criador. Muitos aspectos devem ser observados, sendo os principais: complexo endometrite-endometriose, distúrbios hormonais, deficiências nas funções dos órgãos reprodutivos internos e externos, etc. Neste caso o serviço de um médico veterinário experiente e competente é necessário para diagnosticar e detectar o(s) problema(s). E em seguida, minimizar estes fatores pela aplicação de biotécnicas avançadas, tratamentos ou práticas de manejo necessárias para o sucesso reprodutivo destes animais.
Período Fetal
Durante este período, a taxa de aborto é relativamente baixa para a espécie equina. Mas quando alguns fatores são negligenciados, como: ausência de bem-estar (falta de água, espaço reduzido, infestações parasitárias graves, etc), gestações gemelares e doenças infectocontagiosas; geralmente levam a consequências desastrosas.
O criador deve estar atento as boas práticas de criação como citado anteriormente, ter um bom calendário de vacinação e profilaxia, tendo em vista que os principais problemas neste período são ocasionado por agentes infeciosos (vírus, bactérias, fungos e parasitos) que podem ser evitados com medidas de prevenção. Outros cuidados: Evitar a progressão de gestações gemelares, corrigirem problemas físicos do trato reprodutivo da égua gestante, quando necessário, evitar doenças sistêmicas e mudanças bruscas no manejo nutricional, intoxicações alimentares e por agentes químicos também são causas de aborto.


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