Biotecnologias de reprodução utilizadas em equinos
A indústria equina é
geradora de grande renda e empregos. No Brasil a atividade é responsável pela
geração de 600 mil empregos diretos e 3,2 milhões de empregos indiretos. Quando
comparamos a espécie equina com outras, é possível observar algumas
peculiaridades, como o baixo nível de
fertilidade.
Como motivos para o
nível baixo de fertilidade da espécie podemos citar a reprodução que só ocorre por volta dos 3 anos de
idade; gestação de 11 meses, com apenas um potro por gestação; ocorrência de
reabsorção e abortos.
Para tentar solucionar
estes problemas o setor utiliza-se de diversas biotecnologias, como a
inseminação artificial (IA); transferência de
embrião (TE); fertilização
in vitro (FIV); e transferência de oócito (TO).
Na IA é feita a colheita do sêmen do macho por meio da vagina artificial,
posteriormente é feita a análise quanto à quantidade e qualidade, processando,
fracionando e depositando o sêmen no trato reprodutor da égua. Dentre as
vantagens observadas com o uso da IA temos: maior número de produtos com menor
risco de transmissão de doenças; uso de animais incapazes de realizar a
cobertura; não há necessidade de transporte dos animais; menor risco de
acidentes; obtenção de descendentes mesmo depois da morte do garanhão.
Quando a inseminação é feita com sêmen fresco há maior índice de
prenhez, já o sêmen resfriado apresenta um número menor de prenhez. Para o
sêmen congelado o índice de prenhez é de 20 a 60%, mesmo quando as fêmeas são
inseminadas no máximo 6 horas após a ovulação.
Na transferência de
embriões os óvulos são fecundados dentro do trato genital da égua selecionada
como doadora. Após 7 ou 8 dias pós-ovulação, os embriões são transferidos para
o útero da égua pré-selecionada como receptora, que precisa estar com ciclo
sincronizado, ou seja, ovulando dois dias depois da doadora. As vantagens
descritas são: maior número de produtos;reprodução de éguas incapazes de
manterem a gestação; possibilidade de reprodução de éguas com baixa habilidade
materna; não há desgaste de doadoras ou afastamento prolongado do esporte para reprodução.
Na FIV o óvulo e
espermatozoide são maturados e a fecundação é feita em laboratório. O
método é ainda pouco utilizado na reprodução equina por apresentar alto custo e
resultados ruins na reprodução.
A TO é utilizada em
casos em que a égua não possui condições de fecundação do oócito no próprio trato reprodutivo. A
TO não apresenta bons resultados, principalmente para éguas mais velhas, com
índice de sucesso menor que 20%.
Fonte: http://www.gege.agrarias.ufpr.br/
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