quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Biotecnologias de reprodução utilizadas em equinos

Biotecnologias de reprodução utilizadas em equinos
A indústria equina é geradora de grande renda e empregos. No Brasil a atividade é responsável pela geração de 600 mil empregos diretos e 3,2 milhões de empregos indiretos. Quando comparamos a espécie equina com outras, é possível observar algumas peculiaridades, como o baixo nível de fertilidade.
Como motivos para o nível baixo de fertilidade da espécie podemos citar a reprodução que só ocorre por volta dos 3 anos de idade; gestação de 11 meses, com apenas um potro por gestação; ocorrência de reabsorção e abortos. 
Para tentar solucionar estes problemas o setor utiliza-se de diversas biotecnologias, como a inseminação artificial (IA); transferência de embrião (TE); fertilização in vitro (FIV); e transferência de oócito (TO).
Na IA é feita a colheita do sêmen do macho por meio da vagina artificial, posteriormente é feita a análise quanto à quantidade e qualidade, processando, fracionando e depositando o sêmen no trato reprodutor da égua. Dentre as vantagens observadas com o uso da IA temos: maior número de produtos com menor risco de transmissão de doenças; uso de animais incapazes de realizar a cobertura; não há necessidade de transporte dos animais; menor risco de acidentes; obtenção de descendentes mesmo depois da morte do garanhão.
Quando a inseminação é feita com sêmen fresco há maior índice de prenhez, já o sêmen resfriado apresenta um número menor de prenhez. Para o sêmen congelado o índice de prenhez é de 20 a 60%, mesmo quando as fêmeas são inseminadas no máximo 6 horas após a ovulação.
Na transferência de embriões os óvulos são fecundados dentro do trato genital da égua selecionada como doadora. Após 7 ou 8 dias pós-ovulação, os embriões são transferidos para o útero da égua pré-selecionada como receptora, que precisa estar com ciclo sincronizado, ou seja, ovulando dois dias depois da doadora. As vantagens descritas são: maior número de produtos;reprodução de éguas incapazes de manterem a gestação; possibilidade de reprodução de éguas com baixa habilidade materna; não há desgaste de doadoras ou afastamento prolongado do esporte para reprodução.
Na FIV o óvulo e espermatozoide são maturados e a fecundação é feita em laboratório. O método é ainda pouco utilizado na reprodução equina por apresentar alto custo e resultados ruins na reprodução.
A TO é utilizada em casos em que a égua não possui condições de fecundação do oócito no próprio trato reprodutivo. A TO não apresenta bons resultados, principalmente para éguas mais velhas, com índice de sucesso menor que 20%.

Fonte: http://www.gege.agrarias.ufpr.br/

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